domingo, 1 de julho de 2012

Cinco minutos!




Você já acordou com o pé esquerdo?
Eu já, várias vezes.
Acontece, quando agente está um tanto quanto fraco espiritualmente!
Às vezes parece que o stress do dia a dia quer tomar conta. Agente fica ansioso. Fica “pavio curto” como dizem por aí. São momentos perigosos.
Com o passar dos anos aprendi a lidar com momentos como esse ficando em silêncio. Abrindo-me só para Deus. Mas confesso que há momentos em que dá vontade de “chutar a balde”.

Lembro-me de uma ocasião, na empresa onde trabalhava. Certo dia um amigo de trabalho e também irmão em Cristo (ele havia voltado para o Senhor há pouco tempo) me procurou e pediu para falar comigo em particular. Hoje, lembrando daquele dia, acho hilário. Seu semblante era de poucos amigos. Chamou-me de canto e disse algo como se sussurrando: “Bruno, será que Deus ficaria muito bravo comigo se eu entrasse na carne somente por cinco minutos?”

Eu ri (muito) e, disse para ele que era obvio que Deus ficaria triste. Nós dois sorrimos e depois de uma breve descontração, pedi a ele me explicasse o motivo pelo qual estava tão irado. Ele me explicou então que estava irritado com o “Zé” (por motivos que nem preciso dizer não vamos dar nome aos bois). O “Zé” o havia provocado durante toda a manhã enrolando no trabalho e deixando a parte pesada com esse meu amigo. Isso o tirava do sério. Conversamos durante uns minutos e Deus aquietou seu coração. No fim daquele dia, nós nos divertimos muito com aquela história e, até hoje, quando conversamos sempre tocamos no assunto.

Mas parando pra pensar, todos nós, às vezes, pedimos cinco minutos a Deus. Afinal, são apenas cinco minutos. Nós descarregamos nossa raiva, descontamos uma ofensa e, tudo resolvido, certo?  Errado. Cinco minutos é o tempo suficiente para te levar do céu ao inferno.

Semana passada, eu estava assistindo um documentário sobre a morte do presidente John Kennedy. O narrador fez uma declaração muito peculiar. “O mundo mudou em um segundo, após o assassino atirar no presidente”. Esse foi o tempo que a bala levou para atingi-lo fatalmente. Mudanças vertiginosas na política e segurança nacional americana ocorreram, depois daquele fatídico dia.

Dalila gastou menos de cinco minutos para cortar os cabelos de Sansão e amarrá-lo. Sansão sofreu grandes abalos depois desses minutos. Achou que poderia acordar antes e evitar. Mas não acordou.

Poucos minutos foram necessários para que Davi fosse seduzido pelo pecado cobiçando Batesseba do alto de seu palácio. A queda era questão de tempo. A queda do “grande” rei Davi.

Eva deu atenção à serpente durante alguns minutos. Eis aí o resultado!

A ira de Uzias (rei de Judá) contra os profetas de Deus durou poucos segundos e, como resultado de sua desobediência ele ficou leproso.
Pedro, em uma atitude impensada corta a orelha do soldado destacado para prender Jesus. Não fosse pelo Senhor ter restituído a orelha ao soldado, aquela noite teria sido manchada. E, particularmente, eu tenho dificuldade em crer que Pedro mirou na orelha! Sua vida seria manchada!

Cinco minutos. É tudo que o diabo precisa para tirar a sua coroa. Em um minuto podemos estar bem com Deus e no outro obedecer ao diabo.

A Bíblia diz que “a calma desfaz grandes erros”.  (Ver Ec 10.4)

Satanás não espera conseguir algo com você na primeira tentativa. Ele vai aumentando a pressão progressivamente. Então, quando nos damos conta, estamos pilhados, estressados e ansiosos.

O interessante, é que podemos ver a questão dos “cinco minutos” do ponto de vista de Jesus. Deus também não precisa de mais do que cinco minutos para mudar nossa vida. O ladrão na cruz dialogou por alguns segundos com o Senhor e foi salvo!

Você sabe quanto tempo durou a oração de Elias para que descesse fogo do céu?  (leia 1Rs 18.37 e 38) Faltaria tempo para falar de Davi que, em menos de 3 minutos, colocou o gigante Golias no chão pelo poder de Deus!

Cinco minutos. É tudo que você precisa para meditar nesse artigo que você acabou de ler e, mudar sua atitude mediante as situações difíceis do dia a dia.

E por falar nisso, que tal cinco minutinhos de oração?

Paz e Graça,

Irmão Bruno