sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Trabalho produz alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.

Todos os que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro e pagava pouco.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé-alegria. Era um simples agricultor querendo trabalho. Foi admitido e recebeu, como todos, uma casinha onde moraria enquanto trabalhasse ali.

O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova. Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, pintou-a e plantou flores no jardim e nos vasos. Aquela nova casa destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.

A alegria estava sempre presente na vida do Zé, mesmo nas horas de trabalho, daí vinha seu apelido. Os outros trabalhadores lhe perguntavam:

— Como você consegue trabalhar feliz com tão pouco dinheiro?
E ele respondia:

— Bem, este trabalho é tudo o que tenho. Ao invés de reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições. Não é justo que agora fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si:

— Como ele pode pensar assim?

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo a distância. Um dia, o patrão pensou: “Alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará, com o mesmo capricho, da minha fazenda, pois pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda”.

Um dia, em um final de tarde, foi até a casa do Zé e ofereceu-lhe o cargo de administrador da fazenda.

O rapaz aceitou prontamente.

Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:

— O que faz algumas pessoas serem bem-sucedidas e outras não?
A resposta do jovem veio logo:

— Em minhas andanças, meus amigos, aprendi que não somos vítimas do destino. Existe em nós a capacidade de realizar e de dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.
Pense nisso!

Toda pessoa é capaz de efetuar mudanças significativas no mundo que a cerca.

Mas o que geralmente ocorre é que, ao invés de agir, jogamos a responsabilidade nos ombros alheios. Sempre encontramos alguém a quem culpar pela nossa infelicidade, esquecendo-nos de que os únicos culpados somos nós.

Para que alguém seja feliz, basta-lhe apenas dar ao seu mundo um colorido especial, como o personagem desta história, que, mesmo em uma situação aparentemente deprimente, soube fazer do seu mundo uma realidade diferente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário