Um barquinho preparado
Armando Altino da Silva Júnior
Publicado em 08.01.2010
“ E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse.”
Marcos 3:9
Terminamos mais um ano e guiados por este ritmo louco desta humanidade pós-moderna, pensamos mais no que teremos que fazer, do que no que temos feito. Jesus neste texto, nos mostra que às vezes precisamos parar e reconsiderar nosso ritmo de caminhada. Precisamos mensurar se o volume de coisas que estamos carregando é mesmo necessário.
Podemos aprender muitas lições para nossa vida, com esta atitude de Jesus:
1º - Precisamos entender que não podemos resolver todos os problemas do mundo.
Parece estranho que Jesus sabendo ter tão pouco tempo com estas pessoas, pudesse pensar em parar, fugir da correria.
Se soubéssemos que teríamos tão pouco tempo, talvez fizéssemos serão todos os dias para tentar resolver todos os problemas a tempo, mas Jesus não fez isto!
Constantemente encontramos pessoas que estão sofrendo por problemas que não são delas ou por problemas que não podem resolver. Muita gente ia até Jesus para ser curada, e neste momento Jesus entendeu que mesmo que ficasse todos os dias, as 24 horas do dia, não resolveria todos os problemas. Ele então, diminui o ritmo e deixa o barquinho preparado.
Quanto a este ativismo desumano, Jesus nos ensina a entrar no barquinho!
2º- Existem pessoas que sugam as nossas forças e sentimentos. Com toda certeza você reconhece entre as pessoas que lhe cercam, algumas que basta uns momentos perto delas para se sentir como uma fruta desidratada.
Elas dominam a estratégia de centralizar as atenções em seus problemas. Os seus problemas estão sempre no hit parade e nós, caímos nesta. Nos sentimos o super-herói, o resolve tudo, até o momento que não podemos mais ajudar; aí viramos o vilão da história.
Jesus também sabia que não poderia estar para sempre com estas pessoas, elas precisavam aprender a caminhar também sozinhas. Estas pessoas que nos sugam, são as primeiras que quando não podemos dar o que querem, nos abandonam e nos criticam. Foi exatamente isto que fizeram com Jesus em João 6:66.
Quanto a estas pessoas, Jesus nos ensina a entrar no barquinho!
3º - Precisamos sempre de um refúgio uma fortaleza na qual podemos descansar, nos refazer das batalhas.
Não estou falando de um espaço físico, mas como Davi declara em um de seus cânticos: “Deus é o meu rochedo, nele confiarei; o meu escudo, e a força da minha salvação, o meu alto RETIRO, e o meu REFÚGIO. Ó meu Salvador, da violência me salvas.” II Sam. 22:2-3 e ainda, “DEITAR-ME faz em verdes pastos, guia-me MANSAMENTE a águas tranquilas. REFRIGERA a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.” Salmo 23:2-3
Encontre este lugar em sua vida e em seu coração, lugar da quietude, do silêncio e da restauração. Não precisamos permanecer constantemente no primeiro lugar levando tiros e bordoadas, às vezes precisamos reconhecer nossas feridas e parar.
Davi conhecia o ócio santo, o descanso nos braços do Pai, a “espiritualidade do deserto e o caminho do coração” como nos ensina Henri Nouwen.
Quanto a esta cultura do “nem que morra”, Jesus nos ensina a entrar no barquinho!
Tenha sempre o barquinho preparado!
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
PowerPoint: use com moderação (+ lido em fevereiro de 2009)
PowerPoint: use com moderação (+ lido em fevereiro de 2009)
Regina Giannetti
Publicado em 12.02.2009
Indiscutivelmente, ferramentas do tipo PowerPoint são presença obrigatória em apresentações.
Servem de guia para o apresentador, exibem elementos informativos e facilitam a compreensão do público – além, é claro, de proporcionar uma certa sofisticação ao evento. E são tantos os recursos e efeitos especiais, não? Dá até para fazer uma superprodução... Mas é aí que mora o perigo. Slides digitais, assim como o papel, aceitam qualquer coisa. E o que se vê, muitas vezes, são apresentações com slides em excesso, tão emperequetados e carregados de informação que acabam entediando ou confundindo o público.
É preciso ter bom senso e critérios para utilizar a ferramenta, para que ela cumpra o papel de informar e causar boa impressão sobre o que está sendo apresentado. Aqui vão alguns princípios básicos que poderão ajudá-lo a fazer uma apresentação adequada ao meio corporativo.
Seja o protagonista
Há pessoas que fazem do PowerPoint uma espécie de muleta: colocam nos slides o texto da apresentação e passam o tempo todo lendo a tela. Isso pode até ser muito cômodo, mas compromete a imagem do apresentador, pois dá a impressão de que ele não se preparou ou não domina suficientemente o assunto para falar sem precisar ler. Tenha em mente, portanto, que foco de atenção do público deve ser você, não a tela. Use os slides como apoio e esteja com o texto na ponta da língua.
Quantidade de slides
Para ter uma idéia de quantos slides fazer para sua apresentação, divida o tempo de duração pretendido por 2. Com isso, uma apresentação programada para 20 minutos teria 10 slides, ou seja, um slide a cada 2 minutos. Essa não é uma regra, mas um critério razoável e que serve de parâmetro para uma apresentação profissional. Admite-se usar o divisor 1 em apresentações muito curtas – 5 minutos, 5 slides. Pode-se também usar divisores maiores, como 3 ou 4, dependendo do assunto a ser exposto.
Imagens
Tire proveito do que o PowerPoint faz de melhor: exibir imagens. Elementos visuais como ilustrações, gráficos e fotos ajudam o público a assimilar o conteúdo e enriquecem a apresentação. Mas atenção: não use imagens só para enfeitar, e sim para informar. As imagens devem também ser de boa qualidade, nítidas, com todas as partes bem visíveis e de cores contrastantes.
Volume de texto
O público tende a ler tudo que é projetado na tela: se você exibir um texto longo ou vários pequenos textos ao mesmo tempo, as pessoas ficarão lendo enquanto você fala. Portanto, faça slides com o mínimo de texto possível, para destacar as informações importantes ou os tópicos que serão abordados. Procure usar palavras-chaves em vez de frases completas.
Para ter uma noção da quantidade de texto, use o seguinte parâmetro: 6 linhas de texto por slide, 6 palavras por linha. Use recursos de animação para fazer as linhas surgirem gradualmente, ao seu comando, conforme você abordar o assunto que corresponde a elas. Escolha um recurso de animação discreto.
Naturalmente, o texto de sua apresentação deve estar impecável, com acentuação, ortografia, concordâncias verbal e nominal, conjugação verbal e outros aspectos gramaticais rigorosamente corretos. Peça ajuda de um revisor, se necessário.
Tipos e tamanhos de letras
Evite tipos de letras rebuscados, inclinados e serifados (serifas são os “pés”, “orelhas” e “caudas” típicos das letras usadas em revistas e jornais). Dê preferência aos mais limpos e uniformes como Verdana, Tahoma ou Arial.
Quanto aos tamanhos, utilize no mínimo o corpo 20 – menos do que isso já pode comprometer a visibilidade do texto. Padronize os tamanhos usados para títulos e textos do corpo do slide.
Planos de fundo
Escolha um plano de fundo que não “brigue”com o texto nem dificulte a leitura. Fuja dos texturizados ou enfeitados, com bolhas, folhas, listras etc. Considere que plano de fundo é um cenário para sua apresentação: portanto, deve ser compatível com o assunto tratado.
Uma escolha segura são os fundos de cores matizadas ou degradê, que são neutros e facilitam a leitura. Lembre-se de que cores claras (branco, bege, tons pastéis) combinam com assuntos leves, alegres; cores escuras (preto, marinho, vinho, verde esmeralda) combinam com assuntos mais sérios.
Animações
Seja conservador. Slides com muita coisa aparecendo, sumindo, rolando e piscando podem distrair o ouvinte, além de parecer “pirotécnicos” demais. Use animações para destacar uma palavra, para fazer o texto aparecer no momento certo, para criar um "tchan".
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com
Regina Giannetti
Publicado em 12.02.2009
Indiscutivelmente, ferramentas do tipo PowerPoint são presença obrigatória em apresentações.
Servem de guia para o apresentador, exibem elementos informativos e facilitam a compreensão do público – além, é claro, de proporcionar uma certa sofisticação ao evento. E são tantos os recursos e efeitos especiais, não? Dá até para fazer uma superprodução... Mas é aí que mora o perigo. Slides digitais, assim como o papel, aceitam qualquer coisa. E o que se vê, muitas vezes, são apresentações com slides em excesso, tão emperequetados e carregados de informação que acabam entediando ou confundindo o público.
É preciso ter bom senso e critérios para utilizar a ferramenta, para que ela cumpra o papel de informar e causar boa impressão sobre o que está sendo apresentado. Aqui vão alguns princípios básicos que poderão ajudá-lo a fazer uma apresentação adequada ao meio corporativo.
Seja o protagonista
Há pessoas que fazem do PowerPoint uma espécie de muleta: colocam nos slides o texto da apresentação e passam o tempo todo lendo a tela. Isso pode até ser muito cômodo, mas compromete a imagem do apresentador, pois dá a impressão de que ele não se preparou ou não domina suficientemente o assunto para falar sem precisar ler. Tenha em mente, portanto, que foco de atenção do público deve ser você, não a tela. Use os slides como apoio e esteja com o texto na ponta da língua.
Quantidade de slides
Para ter uma idéia de quantos slides fazer para sua apresentação, divida o tempo de duração pretendido por 2. Com isso, uma apresentação programada para 20 minutos teria 10 slides, ou seja, um slide a cada 2 minutos. Essa não é uma regra, mas um critério razoável e que serve de parâmetro para uma apresentação profissional. Admite-se usar o divisor 1 em apresentações muito curtas – 5 minutos, 5 slides. Pode-se também usar divisores maiores, como 3 ou 4, dependendo do assunto a ser exposto.
Imagens
Tire proveito do que o PowerPoint faz de melhor: exibir imagens. Elementos visuais como ilustrações, gráficos e fotos ajudam o público a assimilar o conteúdo e enriquecem a apresentação. Mas atenção: não use imagens só para enfeitar, e sim para informar. As imagens devem também ser de boa qualidade, nítidas, com todas as partes bem visíveis e de cores contrastantes.
Volume de texto
O público tende a ler tudo que é projetado na tela: se você exibir um texto longo ou vários pequenos textos ao mesmo tempo, as pessoas ficarão lendo enquanto você fala. Portanto, faça slides com o mínimo de texto possível, para destacar as informações importantes ou os tópicos que serão abordados. Procure usar palavras-chaves em vez de frases completas.
Para ter uma noção da quantidade de texto, use o seguinte parâmetro: 6 linhas de texto por slide, 6 palavras por linha. Use recursos de animação para fazer as linhas surgirem gradualmente, ao seu comando, conforme você abordar o assunto que corresponde a elas. Escolha um recurso de animação discreto.
Naturalmente, o texto de sua apresentação deve estar impecável, com acentuação, ortografia, concordâncias verbal e nominal, conjugação verbal e outros aspectos gramaticais rigorosamente corretos. Peça ajuda de um revisor, se necessário.
Tipos e tamanhos de letras
Evite tipos de letras rebuscados, inclinados e serifados (serifas são os “pés”, “orelhas” e “caudas” típicos das letras usadas em revistas e jornais). Dê preferência aos mais limpos e uniformes como Verdana, Tahoma ou Arial.
Quanto aos tamanhos, utilize no mínimo o corpo 20 – menos do que isso já pode comprometer a visibilidade do texto. Padronize os tamanhos usados para títulos e textos do corpo do slide.
Planos de fundo
Escolha um plano de fundo que não “brigue”com o texto nem dificulte a leitura. Fuja dos texturizados ou enfeitados, com bolhas, folhas, listras etc. Considere que plano de fundo é um cenário para sua apresentação: portanto, deve ser compatível com o assunto tratado.
Uma escolha segura são os fundos de cores matizadas ou degradê, que são neutros e facilitam a leitura. Lembre-se de que cores claras (branco, bege, tons pastéis) combinam com assuntos leves, alegres; cores escuras (preto, marinho, vinho, verde esmeralda) combinam com assuntos mais sérios.
Animações
Seja conservador. Slides com muita coisa aparecendo, sumindo, rolando e piscando podem distrair o ouvinte, além de parecer “pirotécnicos” demais. Use animações para destacar uma palavra, para fazer o texto aparecer no momento certo, para criar um "tchan".
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Virtude ou veneno?
Virtude ou veneno
Rodolfo Garcia Montosa
Publicado em 15.12.2009
“Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda Satanás!”
Mateus 16.23
Minutos atrás desta grande repreensão, o apóstolo Pedro havia sido publicamente elogiado por sua espantosa declaração: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (v.16). De repente, o discernimento perde lugar para a estultice. O bom comunicador é requisitado a se calar. O sabedor revela ignorância. A boa iniciativa perde lugar para a precipitação. O amigo torna-se inimigo. Mas o que aconteceu?
Pessoas fracassam em sua carreira por fenômenos comportamentais. As falhas na caminhada decorrem de quem realmente as pessoas são e como agem em certas ocasiões. É curioso notar que a mesma virtude adotada em certo ambiente, torna-se defeito quando ultrapassa certos limites.
O remédio torna-se veneno quando aplicado em dosagem excessiva. Qualquer qualidade de personalidade pode ser a própria pedra de tropeço, e o risco é proporcional à amplitude do talento.
Assim é que o autoconfiante torna-se arrogante quando pensa que está sempre certo e os demais sempre errados. O carismático torna-se melodramático quando precisa ser o centro das atenções. O extrovertido torna-se temperamental quando as vulnerabilidades de sua alma dominam suas palavras. O discreto torna-se retraído quando se fecha para as difíceis interações relacionais. O racional torna-se cético quando “acredita” somente na objetividade de dados e fatos.
O perspicaz torna-se ardiloso quando invade os limites de normas e leis. O criativo torna-se excêntrico na busca insaciável de ser diferente. O crítico torna-se resistente quando contrariado em sua opinião. O detalhista torna-se perfeccionista quando se concentra demasiadamente no micro perdendo a visão do macro. O político torna-se bajulador quando teme perder sua popularidade.
Como evitar que nossa melhor virtude não se torne um veneno na caminhada? É fundamental a criação de um ambiente de discernimento e expressão quando se ultrapassa o limite. O melhor tempero é quando se equilibra firmeza com ternura, franqueza com brandura, transparência com respeito, verdade com afeto.
É necessário amigos maduros na caminhada, do tipo que Jesus foi para Pedro ao alertá-lo duramente que estava passando dos limites. Foi assertivo como expressão de amor. E Pedro sabia disso, por isso não ficou melindrado.
Pergunte sempre se sua virtude está virando veneno, se seus atributos tornaram-se defeitos. Perceba o que estão dizendo aqueles que estão interagindo com você, mesmo quando não utilizam palavras.
Aprenda o momento de acelerar, frear, ou dar um passo para trás seguindo a ordem “arreda Satanás”.
Rodolfo Garcia Montosa
Publicado em 15.12.2009
“Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda Satanás!”
Mateus 16.23
Minutos atrás desta grande repreensão, o apóstolo Pedro havia sido publicamente elogiado por sua espantosa declaração: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (v.16). De repente, o discernimento perde lugar para a estultice. O bom comunicador é requisitado a se calar. O sabedor revela ignorância. A boa iniciativa perde lugar para a precipitação. O amigo torna-se inimigo. Mas o que aconteceu?
Pessoas fracassam em sua carreira por fenômenos comportamentais. As falhas na caminhada decorrem de quem realmente as pessoas são e como agem em certas ocasiões. É curioso notar que a mesma virtude adotada em certo ambiente, torna-se defeito quando ultrapassa certos limites.
O remédio torna-se veneno quando aplicado em dosagem excessiva. Qualquer qualidade de personalidade pode ser a própria pedra de tropeço, e o risco é proporcional à amplitude do talento.
Assim é que o autoconfiante torna-se arrogante quando pensa que está sempre certo e os demais sempre errados. O carismático torna-se melodramático quando precisa ser o centro das atenções. O extrovertido torna-se temperamental quando as vulnerabilidades de sua alma dominam suas palavras. O discreto torna-se retraído quando se fecha para as difíceis interações relacionais. O racional torna-se cético quando “acredita” somente na objetividade de dados e fatos.
O perspicaz torna-se ardiloso quando invade os limites de normas e leis. O criativo torna-se excêntrico na busca insaciável de ser diferente. O crítico torna-se resistente quando contrariado em sua opinião. O detalhista torna-se perfeccionista quando se concentra demasiadamente no micro perdendo a visão do macro. O político torna-se bajulador quando teme perder sua popularidade.
Como evitar que nossa melhor virtude não se torne um veneno na caminhada? É fundamental a criação de um ambiente de discernimento e expressão quando se ultrapassa o limite. O melhor tempero é quando se equilibra firmeza com ternura, franqueza com brandura, transparência com respeito, verdade com afeto.
É necessário amigos maduros na caminhada, do tipo que Jesus foi para Pedro ao alertá-lo duramente que estava passando dos limites. Foi assertivo como expressão de amor. E Pedro sabia disso, por isso não ficou melindrado.
Pergunte sempre se sua virtude está virando veneno, se seus atributos tornaram-se defeitos. Perceba o que estão dizendo aqueles que estão interagindo com você, mesmo quando não utilizam palavras.
Aprenda o momento de acelerar, frear, ou dar um passo para trás seguindo a ordem “arreda Satanás”.
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