terça-feira, 27 de abril de 2010

Uma passadinha no Museu da Bíblia...



No princípio era apenas um sonho. Ao longo de mais de 50 anos, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) reuniu um acervo magnífico e levou adiante o que já se mostrava como vocação natural: colocar tudo à disposição da comunidade, promovendo educação e cultura por meio das Escrituras Sagradas. Uma parceria com a Prefeitura Municipal de Barueri, na Grande São Paulo, tornou realidade o Museu da Bíblia, inaugurado em 9 de dezembro de 2003.

Por volta do início dos anos 80, a Sociedade Bíblica do Brasil deu os primeiros passos no sentido de ter um museu dedicado ao Livro Sagrado, com a instalação de um pequeno espaço na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, o espaço não atendia às expectativas. Para chegar ao formato atual, a equipe da SBB foi buscar inspiração no que havia de mais moderno em termos de museu em países como Alemanha, Escócia e Estados Unidos.

O MuBi é o primeiro do Brasil e um dos maiores do mundo em sua especialidade, devido à variedade de espaços e de documentos expostos. Seu objetivo é promover o conhecimento da Bíblia, enfatizando seus vários aspectos: culturais, éticos e religiosos.

Arquitetura

O MuBi surge sob a marca do pioneirismo, não só por seu valor histórico mas também por sua concepção, que seguiu o conceito de arquitetura inclusiva. Assegurando total acessibilidade a portadores de deficiências, seu projeto aboliu escadas e incluiu rampas de acesso aos ambientes. Os móveis são adequados para usuários de cadeiras de rodas e também foram providenciadas legendas em braile e painéis interativos, garantindo atrações para todos os tipos de público. O MuBi também abriga uma loja de lembranças – Bíblias e publicações especiais –, cuja arrecadação é revertida para sua manutenção.

Integrado a um Centro de Eventos, cuja área construída é de 4.670 m², o MuBi possui os seguintes espaços:

:: Exposição: 450 m²
:: Biblioteca: 225 m²
:: Auditório: para 500 pessoas
:: Estacionamento: para 200 veículos

Área de Exposição: Designers e arquitetos especializados projetaram os espaços do MuBi. São 10 áreas diferenciadas, por meio das quais é possível fazer um verdadeiro mergulho na história do Livro Sagrado:

:: A Bíblia e a História da Escrita
:: A Bíblia e a História da Tradução
:: A Bíblia e a História do Livro
:: A Bíblia no Mundo
:: A Bíblia no Brasil
:: A Bíblia Falada
:: O Conteúdo da Bíblia
:: Novidades sobre a Bíblia
:: A Bíblia e as Crianças: Ambiente em que a garotada participa de atividades de lazer e educação com sessões de vídeo, contadores de histórias, desenho e colagem.
:: Exposições Rotativas: Espaço reservado para mostras temporárias.

Destaques: O MuBi expõe uma réplica da prensa de Gutenberg, que imprimiu a primeira Bíblia da história, por volta de 1450; e mais:

:: Um móvel com 144 traduções bíblicas
:: Materiais trazidos de Israel, como o trigo e o joio, água do Rio Jordão, sementes de mostarda, um punhado de terra de Belém, e água do Mar Morto
:: Papiros
:: Pergaminhos
:: Miniaturas da Bíblia
:: O menor livro do mundo
:: A Bíblia impressa numa única página
:: A Bíblia em braile
:: Roupas da época do Apóstolo Paulo

Eu tive o privilégio de visitar esse lindo museu, e indico tanto para todos que tem curiosidade como para aqueles que querem aprimorar seus conhecimentos sobre a divulgação da Palavra de Deus em nosso país.

O Mubi fica na Av. Pastor Sebastião Davino dos Reis, 672 - Vila Porto - Barueri - SP

Aí vão algumas fotos que tirei lá...



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Papai, o que significa precoce?


Infância, eu tenho saudades da minha. É algo até nostálgico. Como seria bom se aquele carro, o Delorium do filme “De volta para o futuro” fosse de verdade. Se agente pudesse voltar para o passado novamente. Não só para corrigir nossos erros, mas pra viver momentos únicos de novo, momentos esses que agente nem sábia que seriam únicos e que marcariam nossas vidas. Para mim particularmente, eles estão ligados à minha infância. Como seria bom rever os amigos, os lugares, sentir o cheiro da praçinha pela manhã ou do bolo de fubá que minha mãe fazia, ouvir os sons... Bem, para mim, jogar futebol, taco, brincar de pick esconde, jogar bolinhas de gude, ou brincar de pega-pega faziam parte da minha “rotina” diária. Soltar pipa, assistir despreocupadamente desenhos animados, Chaves, Chapolim Colorado. Como foram maravilhosos meus tempos de moleque! Eu não falei que era um pouco nostálgico?

Tenho me preocupado com o tipo de educação que os pais da nossa geração estão usando para com os seus filhos. Apesar de eu não ser pai, tenho visto alguns distúrbios que esse tipo de educação provoca em diversas crianças de todas as classes sociais. “O crescimento precoce.”

É certo que o mundo está mudando cada vez mais rápido. Mas nem todas as transformações que vemos no dia a dia são positivas. É comum nas grandes cidades, por exemplo, você entrar num shopping ou em qualquer outro lugar público e ver meninas de seis, sete anos, vestidas como mulheres. Às vezes até meninas mais novas do que isso usando maquiagem e sapato de salto alto. Muitos pais não só permitem como incentivam esta atitude.

Pode parecer ”bonitinho” num primeiro momento, mas os pais não percebem que esta atitude pode interferir no ciclo natural de amadurecimento das crianças. Para piorar, a vida de algumas crianças parece a de pequenos executivos, com tantas atividades cotidianas que não sobra tempo para brincar ou descansar, o que é muito importante nesta fase da vida.

Segundo a psicóloga Lúcia Magano, psicoterapeuta corporal de crianças do Instituto de Análise Bioenergética de São Paulo (IABSP), uma agenda atribulada de funções não é o melhor presente que os pais poderiam dar aos filhos, apesar de acreditarem nisso. “A maioria das crianças passa a infância sem tempo para descansar e brincar. São forçados a um amadurecimento precoce para assumir comportamento dos adultos e a conseqüência disso é justamente o stress.”

As dinâmicas das famílias também não favorecem as crianças. Para a doutora os pais, muito atarefados e cansados, terceirizam suas funções com babás e cada dia mais têm menos tempo para olhar cuidadosamente a rotina das crianças. Na visão da especialista, que trabalha com análise bioenergética, o stress é uma reação de adaptação do organismo frente a situações difíceis ou excitantes do meio ambiente.
“O stress é gerado diante de estímulos ameaçadores que o corpo recebe. Pensando em Wilhem Reich e Alexander Lowen, que norteiam meu trabalho dentro da Analise Bioenergética, todo ser vivo é dotado de uma carga energética que tem circulação pulsante e metabolismo próprio. A criança não é uma exceção.”

Lúcia explica que a circulação dessa carga no organismo deve acontecer livremente. “Quando o fluxo energético é bloqueado nela, a criança se distancia das sensações do corpo, das emoções, do seu mundo interno e, conseqüentemente, do mundo externo. Como no caso do stress infantil.”

Vários fatores podem desencadear o stress infantil. Alguns exemplos são morte em família, brigas constantes ou separação dos pais, mudança de cidade ou escola, professores inadequados, nascimento de irmãos, pressão par ter boas notas, excesso de estímulos, violência e agressão social.

“O stress pode se manifestar através de sintomas físicos ou psicológicos. O problema é que muito freqüentemente os pais não sabem reconhecer que seu filho está estressado”, afirma a doutora. “Ao mesmo tempo, nenhum sintoma isolado pode ser interpretado como stress. É importante verificar se vários sintomas estão ocorrendo juntos”.

Na criança, os sinais físicos podem ser dor de barriga, diarréia, tique nervoso, dor de cabeça, náuseas, hiperatividade, dentes que rangem, falta de apetite e tensões musculares. Os sintomas psicológicos podem ser terror noturno, introversão súbita, medo ou choro excessivo, agressividade, impaciência, pesadelos, queda do rendimento escolar e falta de concentração.

Segundo a psicóloga, uma possibilidade de evitar o stress é levarmos a criança para o mundo dela, para as brincadeiras, levar a sério o brincar de uma criança. “O brincar significa o reencontro com o prazer, uma possibilidade de a criança descarregar medos, culpas, ansiedades e emoções. O brincar é a expressão mais importante da criança”.

Mesmo com as tentativas dos pais, se o stress se cronificar e os sintomas persistirem, outra possibilidade, diz Lúcia Magano, é a terapia onde através do brinquedo se da a intervenção do processo psíquico corporal da criança.

Sigamos então o conselho da Palavra de Deus que nos ensina a respeitar as fases da vida em sua ordem, sem jamais pular alguma.

1Co 13.11 Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.

MT 19.14 Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus.

Bruno Alarico

domingo, 18 de abril de 2010

Confissões de um jovem pastor!


Confissões de um jovem pastor

Rev. Marcelo Gomes
Fonte: www.institutojetro.com.br

Confesso que sou jovem demais para um texto de confissões. Ainda que seja curto e sem maiores implicações. Não sei se é prudente. Agostinho escreveu as suas já com alguma maturidade, aos 43 anos de idade, aproximadamente. Considerava-as muito mais uma iniciativa de adoração que de culpa ou auto-exposição. Talvez por isso eu tenha criado coragem: não quero considerá-las qualquer biografia ou descrição de trajetória pessoal, mas uma declaração de fraqueza que honre a Deus e ajude outros, sobretudo os que sentem como senti em vários momentos dessa breve história pastoral.

Confesso que não tinha idéia do peso que acompanha o ministério pastoral. Não apenas aquele que resulta dos sofrimentos em geral, participados pelas pessoas ao pastor em quem confiam e que com elas também sofre, mas aquele que, infinitamente mais pesado, resulta exatamente desta confiança, que faz com que nos vejam como líderes que não somos, cheios daquelas qualidades idealizadas que não temos. Superam-nos, em busca do “pastor”. Não lhes importa nossa juventude; não porque desprezam-na, mas porque não lhes comunica o que deveria. Chamam-nos “pastor” e “senhor”, mesmo que poderiam ser nossos pais. Confiam-nos suas almas de imediato, embora demoremos para nos perguntar: quem somos nós – ou o que temos nós – para cuidarmos de tantas?

Confesso que almejava o lado aparentemente mais glamouroso do ministério pastoral. Acreditava não haver nada mais entusiasmante que a pregação, até começar a lidar com sua real dificuldade: o que dizer, semanalmente, a um mesmo povo, que torna-se cada dia mais exigente e com memória cada vez mais fiel. Erasmo de Rotterdam diria: “odeio o ouvinte de memória fiel”. Cri que daria conta, tranqüilo, dos aconselhamentos, até começar a perceber que o problema das pessoas não é a ignorância sobre as soluções disponíveis, mas uma infinidade de medos a que não temos acesso, senão com muita paciência, acolhimento e amor. Acreditava que organizaria facilmente os ministérios e departamentos da igreja, conforme os muitos manuais à disposição para qualquer tipo de visão eclesiástica, até que comecei a perceber que não é organização que falta à igreja, mas comprometimento.

Confesso que me vi sozinho inúmeras vezes. Encontrei mais concorrentes que amigos entre aqueles que, como eu, lançaram-se ao desafio do ministério. Comportei-me também, muitas vezes, como um competidor, em busca da maior igreja, da mais numerosa membresia, da maior arrecadação e dos melhores contribuintes. Alimentei certa inveja, quando tais resultados se faziam presentes no arraial do colega. Embora tenha sido politicamente correto, sem jamais ultrapassar certos limites éticos e de convivência, reconheço que Deus sabe o que passou em meu coração nessa complicada área das realizações e dos resultados. Chorei diante Dele, mas não pude compartilhar minhas dores. Demorei para encontrar em quem confiar, pessoas que não exporiam meus dramas juvenis para minar as bases de meu pastorado.

Confesso que, desde o começo, faltaram referenciais mais sólidos para a construção de meu caráter. Não somente morais, pois que não foram poucos os escândalos que vi envolvendo pastores e líderes, mas inclusive de paciência e incentivo. Por que os mais velhos não podem relevar a mocidade dos mais novos? Por que exigem tanto? Olham-nos com evidente desconfiança, enciumados, afastando-nos de si mesmos e de seus ambientes de poder ou influência. Não poderiam ensinar-nos? Compartilhar conosco suas experiências e descobertas? Poupar-nos dos mesmos erros que cometeram, para que possamos cometer erros novos? Confesso que precisei de guias mais confiáveis e amorosos, dispostos a abençoar meu ministério sem que desejem se impor sobre mim ou desqualificar-me diante das ovelhas que Deus mesmo me confiou.

Confesso, depois de não muitos anos, que não tenho as respostas que achava ter, lá no começo. Há muitas frustrações e desilusões reservadas para os pastores. Pensei em desistir e, às vezes, até hoje, ainda penso. Creio que Karl Barth tem razão quando diz que “os apóstolos e profetas não querem ser o que são; eles têm de ser. E, todavia, eles são”. Agora entendo quando Tiago orienta a que não muitos de nós aspirem ser mestres. Identifico-me com Jeremias, quando derrama-se diante de Deus, seduzido pela vocação e apavorado com suas implicações, oscilando entre o não querer falar e a percepção de um fogo que o queima até que fale. Deus é um fogo consumidor. Não nos queima por que não somos o que quer que sejamos, mas até que o sejamos. E, assim, vamos de dor em dor, de luta em luta, de fé em fé.

Mas confesso que, apesar de toda angústia envolvida, é maravilhoso estar onde se crê ser a vontade de Deus. O resultado que vale é um coração confiante na graça de Cristo e na vitória de Sua cruz. O caminho Dele também não foi fácil. Oposições, acusações, traições e negações de toda ordem marcaram sua trajetória terrena. Deus, porém, o exaltou sobremaneira, dando-lhe um nome acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus todo joelho se dobre. A começar pelos nossos joelhos de pastores, nem sempre tão prontos a encontrar o solo da oração e do quebrantamento. Jesus é nosso modelo. Sua humildade e obediência, nossa meta. Seu Espírito, nossa força. Deus é fiel. Cuida de nós e supre nossas carências. Sem falar nas pessoas que levanta para, contra tudo e contra todos, nos abençoar. No fim das contas, são muitas. Não esperam nada em troca e dão-nos o melhor de seus corações. Renovam-nos a esperança e a disposição para seguir em frente. São verdadeiras dádivas, amigos mais chegados que irmãos.

domingo, 11 de abril de 2010

O problema do controle remoto!


Quero entes de mais nada deixar claro que essa não é uma posição contra a emissora Globo em geral, pois "ainda" usufruo de alguns telejornais da emissora para me manter informado. Disse "ainda", porque do jeito que andam as coisas, logo, se ninguém fizer nada, toda a sua programação poderá ser decartada...
Esse post é uma cópia de um email que recebi de um amigo e que achei muito esclarecedor não só para as famílias cristãs como para todas as famílias do Brasil. Também é importante deixar claro que praticamente todas as emissoras de TV atuais salvo algumas excessões precisam reformular sua política de programações!


Saudações amigos!
Dias atrás eu conversava com minha esposa sobre a programação da Rede Globo, do padrão de qualidade, da audiência, do investimento gigantesco em publicidade e das inúmeras repetidoras espalhadas no Brasil e no mundo.

Acontece que a Globo, com todo esse poder de penetração na sociedade e dentro de nossas casas, vem introduzindo, silenciosamente, uma cultura de libertinagem, traição, adultério e rompimento com a célula familiar de forma sutil.

Com o advento do BBB10 a Globo conseguiu o que ela vinha tentando há muito tempo, o beijo gay ao vivo. Em duas cenas do BBB 10 aconteceram dois beijos Gay e quando um deles foi "líder" a produção do programa teve o cuidado de colocar sobre uma estante a foto do beijo, com isso a Globo faz com que seus fiéis telespectadores vejam o beijo gay como algo comum e engraçado, ou seja, aceitável.
Agora, nas novelas globais o beijo gay vai acontecer, induzindo esse comportamento aos jovens e adolescentes, induzindo legisladores a criarem leis que abonem tal comportamento.

No mesmo BBB 10 uma das participantes declarou-se lésbica e com essa declaração todas as demais mulheres do programa se aproximaram dela sendo protagonizado o selinho lésbico no programa e todos os demais a apoiaram sob o manto sagrado do não preconceito.




Na novela Viver a Vida o tema principal mostrado de forma engraçada e aceitável é a da traição e do adultério.
A Globo leva ao telespectador ao absurdo de torcer para que um irmão traia o outro ficando com sua namorada.
A traição nessa novela é a mola mestra da máquina, todos os personagens se traem, e isso é mostrado de forma comum, simples, corriqueiro.

Mas talvez, a investida mais evidente e absurda esta na novela das 6h, Cama de Gato.
A Globo superou todos os limites nessa novela ao colocar como tema uma música do grupo Titãs.
Na música, nenhuma linha de sua letra se consegue tirar algo de poético, de aconselhável pra vida ou de apoio.
A letra da música faz menção discarada do Inimigo de nossas almas que deseja entrar em nossa casa (coração) e destruir tudo, tirarem tudo do lugar (destruir a célula familiar e nossa fé).

A música chega ao absurdo de dizer que devemos voltar à mesma prisão, a mesma vida de morte que vivíamos.

Amados amigos, fica o alerta, às vezes nem nos damos conta do real propósito de uma novela, de um programa, de uma música, e como Jesus esta às portas, as coisas do mal estão cada vez mais evidentes e claras. Até os incrédulos estão percebendo que algo esta errado.

Aproveito para trazer ao conhecimento a letra dessa música, cuidadosamente escolhida pela Globo para servir de tema da dita novela; música de abertura da novela.


Vamos deixar que entrem Que invadam o seu lar
Pedir que quebrem Que acabem com seu bem-estar
Vamos pedir que quebrem O que eu construi pra mim
Que joguem lixo Que destruam o meu jardim Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro Vamos deixar que entrem Que invadam o meu quintal
Que sujem a casa E rasguem as roupas no varal
Vamos pedir que quebrem Sua sala de jantar
Que quebrem os móveis E queimem tudo o que restar
Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero

Vamos deixar que entrem Como uma interrogação
Até os inocentes Aqui já não tem perdão
Vamos pedir que quebrem Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo Aqui já não tem beleza

Vamos deixar que entrem E fiquem com o que você tem
Até o que é de todos Já não é de ninguém
Pedir que quebrem Mendigar pelas esquinas
Até o que é novo Já esta em ruinas


Vamos deixar que entrem Nada é como você pensa
Pedir que sentem Aos que entraram sem licença
Pedir que quebrem Que derrubem o meu muro
Atrás de tantas cercas Quem é que pode estar seguro?

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro

Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro O mesmo desespero




Imaginem tudo isso entrando em sua casa... Quando você liga sua televisão, você abre uma janela para entrar em sua casa coisas boas ou ruins - isso é uma questão de escolha. Imaginem nossas crianças cantando isso? Trazendo isso pra dentro do coração e da alma delas? Imaginem você cantando isso?

Tente imaginar de onde o compositor dessa "pérola" tirou inspiração para compôr tamanha afronta?

Ai pergunto, pode porventura vir alguma coisa boa da Rede Globo? Pensem nisso, anunciem isso, façam conhecer, livre malguns dessa humilhação, dessa opressão, dessa falta de futuro, dessa cela de prisão. Se você ama a sua família comente isso com os seus filhos e não deixe os seus amigos de fora. Esta situação não pode continuar.

Gostaria de sugerir, sem preconceito, uma série de mensagens antigas do pastor Silas Malafaia postados no youtube cujo tema é: "A televisão" http://www.youtube.com/watch?v=gSkm-oS2SIk&feature=related
Que o Senhor abençõe nosso lar!

Bruno Alarico

sábado, 10 de abril de 2010

Igreja 8 ou 80 ? Eis a questão!


Igreja - Realidade espiritual e organizacional

Por Rodolfo Montosa

Temos percebido uma constante e crescente tensão entre dois extremos na liderança cristã-evangélica. De um lado, aqueles que passo a chamar de “profetas espiritualistas”, porque, em nome da essência relacional do evangelho, da sublimidade da missão, da profundidade existencial do conteúdo bíblico e da adoração contemplativa, sacam seu arsenal verborrágico contra toda e qualquer expressão organizacional da Igreja, fixando-se, obcecadamente, em comparação inexata e parcial com empresas de mercado. Do outro lado, aqueles que passo a chamar de “líderes pragmáticos”, porque em nome do reino de Deus, da carência dos necessitados, do cumprimento de seu chamamento e de sua própria visão, voltam-se, alucinadamente, para a obtenção de resultados objetivos em seus ministérios, ignorando, por completo, a crítica dos primeiros ou qualquer outro tipo de reflexão teológico-bíblica, por considerarem iniciativas desse tipo absoluta perda de tempo. Quem, afinal, está certo? Simultaneamente, os dois e nenhum. Sendo assim, passemos a algumas questões.

Crentes são clientes? Congregação é uma franquia? Pregação é marketing? Apelo é fechamento de vendas? Aconselhamento, ensino e orações são serviços prestados? E o que dizer do dízimo, seria o pagamento pelos serviços? Contudo, têm empregados, recolhem encargos, têm CNPJ, fazem sua contabilidade, têm fluxo financeiro constante de recebimentos e pagamentos, acumulam patrimônio, realizam assembléias, fazem prestação de contas, localizam-se em um endereço estratégico, estão na lista telefônica, contratam, destratam e muito mais. O que é isso, então? Simultaneamente, a realidade espiritual e organizacional da Igreja.

Na realidade espiritual, tudo está centrado em Cristo: sua morte sacrificial, sua ressurreição, seu perdão, nosso arrependimento, nossa confissão, a reconciliação, o reaprendizado, a transformação, a constatação externa da mudança interior, o testemunho, a divulgação dessa graça, a permanente renúncia, o crescimento espiritual, o relacionamento renovado com Deus e com o próximo.

Na realidade organizacional, tudo está centrado nas pessoas: a regularidade dos encontros, seu conteúdo, o atendimento das necessidades, a formação educacional, o local, o horário, o programa, o som, as cadeiras, a decoração, os compromissos financeiros conseqüentes, os desafios para alcançar outros, a mobilização para fora, o senso do ir, do fazer acontecer, do se importar.

O grande desafio para todos, então, é conciliar essas duas realidades concomitantes. Não se levantar contra uma, como forma de exaltar a outra. Muito menos focalizar uma e ignorar a outra. Buscar as motivações santas e íntegras do coração na melhor excelência e destreza das mãos.

Se os espiritualistas insistirem em ignorar a realidade organizacional da Igreja, agindo inconseqüentemente, sem buscar resultados para o reino de Deus, por favor, renunciem seus salários, doem o patrimônio acumulado, dispensem os empregados, rasguem as atas, abandonem os programas de ensino, as liturgias programadas, os planos futuros, etc. Estão convidados à frustração ministerial. Mas não se esqueçam de apagar as luzes no final.

Se os pragmáticos insistirem em ignorar a realidade espiritual da Igreja, agindo sem temor e santidade, por favor, aproveitem ao máximo tudo o que arrecadarem, insuflem-se ao extremo do prazer da autopromoção, pois, naquele dia, muitos dirão a Jesus: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então, Ele lhes dirá claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal!’”.

Aos que buscam o cumprimento integral de seu chamamento, mesmo sabendo da permanente tensão dessas realidades, busquem com alegria e com o coração o ministério de pastor, aprendendo e reaprendendo conforme os dons do Espírito distribuídos na Igreja, liderando e conduzindo com excelência. Entendam a importância da equipe que complementa e viabiliza a continuidade da missão. Respeitem as leis naturais do organismo e da organização. Tenham piedade e competência. Contemplem-se na adoração e atuem com responsabilidade social. Sejam servos e mordomos. Manejem bem a Palavra da Verdade e administrem as finanças com prudência e inteligência. Tenham toda a iniciativa no servir e toda a dependência de Deus no liderar. Vivam com sabedoria e intensidade as realidades espiritual e organizacional da Igreja.

O autor é diretor do Instituto Jetro. www.institutojetro.com

Concordo com o Rodolfo. Nós temos a tendência de sermos "oito ou oitenta" (com o perdão da expressão). Acredito que o equilíbrio e a sobriedade são ingredientes essenciais para uma vida espiritual saudável!

Bruno Alarico

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Há cristãos na Arábia Saudita?


Circundada pelo Mar Vermelho e pelo Golfo Pérsico, a Arábia Saudita está localizada no coração do Oriente Médio e possui fronteiras com sete países. Grande parte de seu território é desértico, com a presença de alguns poucos oásis.
A maioria dos sauditas vive em grandes cidades, tais como Riad (sede do reinado), Jidá (onde se localiza o mais importante porto do país), Meca (o coração do islã, para onde todos os muçulmanos do mundo devem peregrinar pelo menos uma vez na vida), Medina (cidade sagrada e centro cultural) e Ad Damman (produtora de petróleo).

História

Acredita-se que a Arábia Saudita era o lar original de alguns povos bíblicos, como os cananeus e os amorreus. Muitos impérios antigos dominaram o território saudita nos períodos anteriores ao nascimento de Cristo. Alexandre, o Grande, tinha planos de conquistar a região, mas morreu antes de realizá-los. O primeiro grande acontecimento que marcou a Arábia Saudita foi o nascimento de Maomé, em 570. Por seu intermédio, o islã foi fundado no século VII e, desde então, as batalhas políticas e históricas ocorridas no país ficaram restritas às várias vertentes islâmicas lutando pelo poder.

Treze séculos mais tarde, em 1938, a cultura e a economia do país não eram muito diferentes dos tempos de Maomé. O povo seguia o islamismo, enquanto camelos e tendas ocupavam os desertos. No entanto, naquele ano, o primeiro reservatório de petróleo foi descoberto e o país iniciou um amplo programa de modernização.

Desde então, o reino da Arábia Saudita tem procurado caminhar sobre uma frágil linha entre o relacionamento com o mundo exterior e o isolamento para preservar a pureza da fé islâmica. Atualmente, o país continua sendo governado por uma monarquia baseada na sharia, a lei islâmica. Em março de 1992, uma série de decretos reais criou o primeiro código de direitos do país. Não há poder legislativo e as leis são estabelecidas pelo rei e por seus ministros.




População

Há aproximadamente 7 milhões de estrangeiros trabalhando no país: 1,4 milhão de indianos, um milhão de bengaleses, 900 mil paquistaneses, 800 mil filipinos, 750 mil egípcios, 250 mil palestinos, 150 mil libaneses, 130 mil cingaleses, 40 mil eritreus e 25 mil norte-americanos.

Imigrantes do Sul e Sudeste Asiático são, em particular, sujeitados a condições de trabalho que constituem servidão. São submetidos a abusos físicos e sexuais, e não recebem seus salários. Os empregadores geralmente se apossam do passaporte desses imigrantes, restringindo-lhes a mobilidade e a capacidade de deixarem o país. Os empregados domésticos são mais vulneráveis, pois ficam confinados nas casas em que trabalham, impossibilitados de procurar ajuda.

Religião

Entre os estrangeiros há muçulmanos, cristãos, hindus e budistas. Cerca de 90% da comunidade filipina é cristã.

O islamismo é praticado por 100% da população saudita. Embora haja minorias de outras vertentes, a grande maioria segue a tradição sunita. O sistema legal do país é baseado em uma interpretação própria da sharia. O islamismo é a religião oficial, e a lei requer que todos os cidadãos sejam muçulmanos.

A Arábia Saudita é o coração do islã e abriga as mais sagradas localidades islâmicas. Quase um milhão de peregrinos acorre ao país todos os anos. As sedes de algumas das mais importantes organizações internacionais islâmicas encontram-se no país, com destaque para a Liga Islâmica Mundial, responsável pela divulgação e expansão do islã pelo mundo por meio de missões, apoio financeiro e radiodifusão.

Governo

O rei Abdullah bin Abdel Aziz al-Saud anunciou amplas reformas na estrutura administrativa e judicial do reino.1 Uma delas foi a nomeação inédita de uma mulher para ocupar um ministério, em 2009. Noura bint Mohammed bin Musaid al-Fayez assumiu o cargo de vice-ministro da Educação Feminina.

O rei também destitui de cargos de confianças pessoas notórias por sua visão conservadora.

Na Arábia Saudita, os jornais são criados por decreto real. Jornais árabes estrangeiros são submetidos à censura e então circulam. Eles têm de seguir o exemplo da agência de notícias estatal no que diz respeito à publicação de histórias ou assuntos delicados.

Estações de rádio e TV particulares não podem operar dentro do território saudita. Mesmo assim, a nação representa uma audiência importante para estações árabes transmitidas via satélite.

O governo tem investido muito em sistemas de segurança para bloquear o acesso de usuários a sites da internet considerados ofensivos.

Economia

A Arábia Saudita detém mais de 25% das reservas de petróleo do mundo.

Os últimos cinco anos de alta no preço do petróleo criaram amplas reservas financeiras neste país. Entretanto, com a crise econômica global e a queda do preço do petróleo, acredita-se que o crescimento da Arábia Saudita em 2009 será menor.


A Igreja

De acordo com a tradição, o apóstolo Barnabé foi o primeiro a levar o evangelho à Arábia Saudita. Quando o islamismo chegou à região, já havia uma grande população de cristãos que auxiliou Maomé durante o seu exílio. Quando o islamismo assumiu o controle, no século VII, todos os cristãos foram expulsos. Desde então, nenhuma missão foi autorizada a entrar no país.

Atualmente, a maioria dos cristãos no território saudita é constituída de estrangeiros que vivem e trabalham nas bases militares ou para as companhias de petróleo. Há um pequeno grupo de cristãos sauditas não declarados, vivendo sob constante temor de serem descobertos, presos e executados. Eles encaram os novos convertidos não com júbilo, mas com medo e suspeita. Essa atitude impede o crescimento da Igreja.

Há convertidos sauditas, mas é extremamente difícil se chegar a um número exato, pois não estão organizados em igrejas, nem em grupos domésticos.


A perseguição

O governo não reconhece legalmente a liberdade religiosa e nem lhe dá proteção. A prática pública de religiões não-muçulmanas é proibida. No que diz respeito à política pública, o governo afirma garantir e proteger os direitos de cultos privados para todos, incluindo não-muçulmanos que se reúnem em casas; no entanto, esse direito não é sempre respeitado na prática e não está definido na lei.

A Arábia Saudita é uma monarquia islâmica sem proteção legal à liberdade de religião. O islamismo é a religião oficial e a lei exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos. De acordo com a sharia, a apostasia (abandono do islamismo) é considerada um crime punível com a morte se o acusado não se retratar.

O governo proíbe a prática pública de religiões não-muçulmanas. O governo reconhece o direito de cristãos estrangeiros cultuarem em particular. Entretanto, na prática ele nem sempre respeita este direito. As pessoas detidas pela prática do culto não-muçulmano quase sempre são deportadas pelas autoridades, algumas vezes, depois de longos períodos de detenção. Em alguns casos, são também sentenciadas a açoites antes da deportação.

Os cristãos que exercem sua fé de modo particular e discreto quase nunca são incomodados. Entretanto, há problemas quando cidadãos se queixam dos cultos realizados pelos vizinhos. Alguns alegam que informantes pagos pelas autoridades se infiltram em seus grupos cristãos particulares.

Os não-muçulmanos são rigorosamente proibidos de entrar na cidade sagrada de Meca; os que ultrapassam os limites podem ser mortos. Além disso, os cristãos da Arábia Saudita vivem sob constante risco, isso devido à atuação de radicais islâmicos que podem tentar assassinar os líderes das comunidades cristãs ou infiltrar informantes entre os membros das igrejas. O governo oferece uma recompensa equivalente a um ano de salário - um prêmio tentador para muitos - a qualquer pessoa que denunciar uma reunião cristã.

O governo não permite que clérigos não-muçulmanos entrem no país com o propósito de dirigir cultos, apesar de alguns o fazerem em segredo. Tais restrições tornam muito difícil para a maioria dos cristãos manter contato com clérigos e frequentar cultos.

O Comitê para Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (comumente chamado de "polícia religiosa" ou mutawwa) é uma entidade governamental e seu presidente tem condição ministerial. A mutawwa tem autoridade para deter pessoas, não mais que 24 horas, por violação dos estritos padrões de vestuário e comportamento. Entretanto, às vezes ultrapassam esse limite antes de liberarem os detidos para a polícia.

O proselitismo e a distribuição de materiais não-muçulmanos, como Bíblias, são ilegais. As autoridades alfandegárias costumam abrir correspondências e carregamentos à procura de contrabando, incluindo materiais cristãos, como Bíblias e fitas de vídeo. Tais materiais estão sujeitos ao confisco, apesar das normas parecerem aplicar-se arbitrariamente.

O governo restringe a liberdade de expressão e de associação, e a imprensa exerce a autocensura com relação a assuntos delicados, como a liberdade de religião. Não há organizações não governamentais independentes que monitorem a liberdade religiosa. A linguagem ofensiva e discriminatória sobre cristãos é vista nos livros-texto das escolas públicas, nos sermões das mesquitas e nos artigos e comentários na imprensa.

Em agosto de 2008, Fátima al-Mutairi, a filha de 26 anos de um clérigo muçulmano, foi assassinada por seu irmão em Buraydah, Arábia Saudita, depois que contou à família sobre sua conversão.

O contato de Fátima com outros cristãos era limitado a fóruns na internet e conversas telefônicas.


Motivos de oração

1. A Igreja sofre em função das relações pouco amistosas com o islamismo. Ore pelo retorno das boas relações entre os líderes islâmicos e os cristãos, o que permitiria a entrada de mais trabalhadores cristãos no país.

2. Os trabalhadores estrangeiros não podem realizar cultos. No entanto, realizam-se muitas reuniões secretas e clandestinas que o governo finge ignorar. Ore para que as reuniões realizadas por esses pequenos grupos continuem a ser toleradas e sejam uma fonte eficaz de testemunho e comunhão.

3. Os muçulmanos convertidos ao cristianismo são vítimas das piores punições. Um saudita convertido ao cristianismo é considerado um apóstata e pode ser punido com a pena de morte. O rei mantém uma polícia religiosa secreta extremamente comprometida com a manutenção da tradição islâmica. Os muçulmanos que se interessam pelo cristianismo enfrentam severas consequências, entre as quais a mais branda é o completo isolamento de familiares, amigos, colegas de trabalho e da própria sociedade. Ore e peça que Deus dê coragem aos novos convertidos, capacitando-os a enfrentar a perseguição pelo amor ao evangelho.

4. A Igreja não pode evangelizar. A literatura cristã é terminantemente proibida e visitantes não-muçulmanos não podem adentrar os limites da cidade sagrada de Meca sob pena de condenação à morte.

5. Asiáticos cristãos sofrem duras consequências por suas atividades. Cristãos filipinos, em particular, têm sido bem sucedidos em seus testemunhos. Eles chegam ao país para trabalhar em empregos humildes, como cozinheiros e empregados domésticos, e têm conseguido evangelizar seus empregadores com êxito. Ore pela segurança destes trabalhadores asiáticos e pelo sucesso de suas tentativas evangelísticas.


Fontes

- 2008 Report on International Religious Freedom

- Países@

- Portas Abertas Internacional

- The World Factbook

1 http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=13134598

sábado, 3 de abril de 2010

Obreiros de carreira ou obreiros temporários?



Por Antonio Fonseca

Conversando com um amigo das Forças Armadas, descobri que, no Exército, existem duas categorias de militares: os de carreira e os temporários.

Os militares de carreira são os vocacionados para tal atividade e pretendem seguir toda a trajetória profissional, atendendo e protegendo a nossa nação e, se necessário, até mesmo entregando a própria vida por amor à pátria. Mas para que o sonho desses homens se torne realidade, precisam, antes, ser aprovados em concursos. Somente depois dessa exigência são estabelecidos no exercício da função militar, até o tempo de irem para a reserva.

Os militares temporários, diferentemente, prestam serviço no Exército apenas durante oito anos. Depois desse tempo, são obrigados a deixar a farda e a voltar à vida civil, a menos que consigam ser aprovados em exames para militares de carreira.

Observando essa condição da vida militar, percebi que, no meio evangélico atual, também temos alternativa similar; ou seja, temos “obreiros de carreira” e “obreiros temporários”.

Os obreiros de carreira, como no caso dos militares, exercem a função ministerial até o momento em que são jubilados; ou, então, como ocorre em muitos casos, quando terminam sua vida terrena no front. Esses estão enquadrados nos textos bíblicos que dizem: “E ele mesmo [Jesus] deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2Tm 2.4).

De fato, essa categoria de obreiros é realmente vocacionada para a carreira religiosa e não se imagina, em hipótese alguma, no exercício de qualquer outra função que não seja a de apascentar almas para Cristo.

Já os obreiros temporários, tomando ainda o exemplo dos militares, ficam no ministério por um tempo predeterminado. Mas existe uma diferença fundamental entre os militares temporários e os obreiros temporários. Enquanto os militares temporários são obrigados, ainda que não queiram, a deixar a farda, os obreiros temporários, normalmente, abandonam o exercício ministerial por conta própria.

Outro detalhe que pude observar é que os obreiros temporários evangélicos geralmente deixam o ministério em época de eleição, visando os cargos políticos, o que nos revela mais uma vantagem em relação aos militares temporários, pois, quando não são eleitos, voltam ao ministério ao seu bel-prazer e ficam no ministério até o próximo pleito. Há aqueles que ainda se julgam capazes de desenvolver dupla função; ou seja, liderar e cuidar das causas espirituais (religiosas) e materiais (políticas) simultaneamente, contrariando o ensino do nosso Mestre, que disse: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6.24).

Com essa comparação, pude assimilar e entender, ainda que com tristeza, o motivo que leva alguns obreiros evangélicos a estarem com seus nomes e fotos em reportagens como a apresentada pela revista Veja (26/7/06), figurando entre os envolvidos com a “máfia das sanguessugas”.

Entendi que se trata de obreiros temporários, pois os obreiros de carreira não trocariam a chamada ministerial por outra atividade, mesmo que as vantagens financeiras fossem tentadoras. Vale a pena salientar que a Igreja Católica Apostólica Romana optou por obreiros de carreira e ainda exige voto de pobreza aos que têm vocação para o exercício do ministério sacerdotal.

Querido leitor, na sua igreja há também os dois tipos de modalidades: obreiros de carreira e obreiros temporários? Se a sua resposta for afirmativa, gostaria de lhe fazer uma nova pergunta: “Na próxima eleição, você ajudará a eleger um obreiro temporário para ocupar um cargo na política brasileira?”.

Não se esqueça, a responsabilidade é sua!

Fonte: Instituto cristão de pesquisas - ICP