sexta-feira, 30 de julho de 2010

E você, o que faria?



Davi era apenas um adolescente. Entra em casa, ainda cheirando a ovelhas e um ancião derrama óleo sobre a sua cabeça: "Você será o próximo rei de Israel". O que fez Davi? O que você faria numa situação dessas? Ele não foi correndo até uma loja para experimentar uma coroa. Não mandou fazer um novo jogo de cartões de visita, dizendo: "mude de pastor para rei-eleito". Não mandou polir um carro novo e correu pelas ruas de Belém gritando: "Sou o escolhido de Deus, vocês estão vendo o substituto de Saul". O que ele fez? Ele voltou para o rebanho. Julgo que essa era um das razões dele ser um homem segundo o coração de Deus.

Trecho retirado do livro "Davi: um homem segundo o coração de Deus" de Charles R. Swindoll .

Eu li e adorei. Tem sido um dos meus livros de cabeceira!

Pense nisso!

Irmão Bruno

terça-feira, 27 de julho de 2010

"Da fraqueza tiraram forças!"


Estou lendo um livro de biografias de alguns dos maiores pregadores do evangelho que já existiram. Concordo plenamente com o que o autor colocou como subtítulo na capa: “Homens extraordinários que incendiaram o mundo.”


Homens como John Bunyan, Jonathan Edwards, Lutero e tantos outros, nos ensinam o verdadeiro significado da obediência e amor ao evangelho.

Confesso que iria escrever sobre outra coisa hoje, mas folhando meu pequeno livro de biografias, li sobre um homem cujo testemunho e devoção a Jesus nos encorajam a seguir em frente em nosso caminho enchendo-nos de esperança.

Seu nome é Henrique Martyn. Martyn nasceu na Inglaterra em 1781, seu pai era físico e morreu de tuberculose quando ele ainda era jovem. Naturalmente gostava de matemática, mas perdeu esse gosto mais tarde apaixonando-se pela leitura. Abandonou o sonho de cursar direito quando conheceu o Senhor. Obedeceu Seu chamado para pregar as boas novas para os indianos. Ele sempre orava para o Senhor: “Senhor quero ser como um tição tirado do fogo em tuas mãos.”

Após, meses enclausurado no navio, ele finalmente desembarcou na Índia em abril de 1806.

A necessidade era muito maior do que ele imaginara. È difícil pensar no horror das trevas em que vivia esse povo. Mas Enrique Martyn orava constantemente: “Senhor, que eu seja uma chama de fogo no serviço divino!”

Sua vida de oração o sustentou na árdua missão de traduzir as escrituras para os indianos.

Ele passou seis longos anos nessa empreitada, e o Pai o susteve. Enfrentando perseguição de uma terra idólatra, doenças, e saudades de casa esse homem se manteve firme no seu chamado.

Enrique Martyn foi para o céu em 1812, seis anos depois de desembarcar na Índia.

O novo testamento em hindu, hindustão e persa, e os evangelhos em judaico persa são apenas uma parte de sua obra.

Foi dito dele: “Era grande o ânimo, a perseverança, o amor, e a dedicação com que trabalhava na ceara do Senhor!”

Olhando para vida desse grande missionário lembro-me de uma pequena parte de um versículo bastante conhecido do povo cristão, que fala da galeria dos heróis da fé.

Hebreus 11.34

“[Pela fé] da fraqueza tiraram forças”

Essa é uma boa hora para refletir e renovar as forças em Deus, não acha?

Todos nós sem exceção estamos empreendendo algo para o Senhor aqui na terra. Seja um ministério de alcance mundial, seja um culto doméstico de estudo bíblico e até mesmo um plano anual de estudo bíblico pessoal. Através da vida desse jovem pregador Deus nos convida a insistir. A não parar. Afinal a luta só acaba quando Ele decreta o fim. Deus sempre vence no final. Martyn nos mostra isso. Se ele pudesse voltar à índia nos dias de hoje que grande obra em andamento encontraria! Após Henrique martyn muitos e muitos jovens se lançaram ao chamado para a Índia. Jovens cujo coração também queimou lendo sobre esse pioneiro.

Graça e Paz!

Irmão Bruno

sábado, 17 de julho de 2010

Que tipo de cliente você tem sido?



Quem nunca passou por um contratempo fazendo compras? Ou então, quem nunca sofreu um desaforo feito por um vendedor mal educado. Cheques descontados antes do prazo, produtos defeituosos, filas indigestas, e mal atendimento fazem parte da vida do consumidor em geral. E lá se vão horas a fil no telefone a fim de contatar o PROCON, Serasa, e tem gente que vai até aos jornais.

Todos nós, sem exceção, queremos ser bem atendidos onde freqüentamos. As empresas de serviços e venda de produtos tem dedicado cada vês mais tempo e dinheiro em busca do tal "índice de satisfação do cliente".

Por falar em cliente, como você é como cliente. Como se comporta do outro lado do balcão. Você é mal educado? Ignora seu atendente? Parece uma criança mimada quando não tem seus desejos atendidos de pronto? Grita que vai processar e bla, bla, bla...?

Não é que eu estou sendo advogado do diabo! Todos nós queremos e merecemos excelência no atendimento. Quero apenas lembrar o fato de que nem sempre as mazelas que passamos são culpa do vendedor ou do prestador de serviços. Lembrar que ele também é nosso próximo, tem filhos, problemas e uma vida igualzinha a nossa, nos ajuda a não soltar os cachorros em quem não tem culpa.

Também é bom ressaltar que todos nós somos clientes e servidores ao mesmo tempo. Você serve alguém, e alguém serve você. Será que não vale à pena tratar bem as pessoas e ser compreensivo, para que quando chegar a sua vez você também possa receber esse tipo de tratamento?

É como no trânsito. Enquanto somos pedestres, dizemos coisas do tipo: "os motoristas são uns folgados..." . Pois é, mas basta comprar um carro e passamos a implicar com os coitados dos pedestres!

Jesus contou a seguinte parábola:

Mateus 18.23-35

"Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.
E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.
Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.
E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.

Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste;
não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?
E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.
Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão."

Irmãos, tenhamos uma boa convivência, sendo pacíficos e compreensivos. Chegou à hora de a Igreja fazer a diferença, não com prosperidade ou com grandes milagres, mas sim com a semelhança do Senhor Jesus.




Graça e Paz!

Irmão Bruno

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Referencial... você tem algum?


Se você já assistiu o filme Karatê Kid, certamente irá se lembrar de um velhinho simpático e muito sábio chamado Sr. Miyagi (quero deixar claro, que não estou te chamando de velho, pois eu também assisti toda a série). Quem não se lembra do japinha boa praça que se tornou uma espécie de pai-treinador de Daniel San.

Sempre que assisto a filmes como esse, uma palavrinha me vem à mente. Referencial. Pessoas do tipo “Sr. Miyagi”, que fazem agente olhar a vida de outro jeito, que ensinam e que corrigem. O tipo de pessoa em quem nós podemos confiar.

Pessoalmente eu tenho vários “Miyagis” em minha vida. A começar dos meus pais, que me educaram com retidão e simplicidade, regando meu crescimento com amor e carinho e que até hoje me protegem com suas orações. Meu irmão também está na lista, e tem sido meu espelho e incentivador. Não poderia faltar o amigo e irmão em cristo. Apesar de agente não ter muito tempo pra tomar aquele café, basta conversar com ele meia hora no telefone e já estou novinho em folha.

Sabe... eu realmente acredito que todos nós precisamos de alguém pra mirar nossas vidas. Alguém que nos sirva de referência tanto nos momentos de euforia e alegria, quanto nas lutas. É obvio que nossa maior e mais profunda fonte de inspiração deve ser sempre nosso Senhor Jesus. Mas estou falando de alguém do seu mundo, da sua época, alguém que nos sirva de exemplo como Moises e Josué, Elias e Eliseu, Noemi e Rute, Paulo e Timóteo, e por aí vai...

Agora, mais importante do que saber se você tem alguma referência em sua vida, é saber se você tem sido um referencial para aqueles que o cercam.

O já idoso e experiente apóstolo Paulo escreveu:


Hebreus
6.12 "para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas."


1 Coríntios
11.1 "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo."


E então... você já ajudou seu Daniel San?


Em Cristo

Irmão Bruno

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Coração dilatado!


Se eu perguntasse para você quantos amigos você tem, o que você me responderia? Sempre que estou aconselhando alguém, esta é uma das primeiras perguntas que faço; primeiro para saber se aquilo que a pessoa está contando para mim já foi espalhado para mais gente e segundo para saber qual é o grau de exigência relacional desta pessoa. Existem pessoas que são tão seletivas em seus relacionamentos que se torna impossível não decepcioná-las.

" O coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está dilatado. Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos.........dilatai-vos também vós." II Cor. 6:11-13


Muitos dizem que não possuem amigos porque as pessoas não são confiáveis, que até já confiaram em algumas pessoas mas a maioria delas os decepcionaram e por isto, preferem não arriscar em outros relacionamentos.

Quando agimos assim, a vida se torna uma via de mão única e se torna restrita a "nossos próprios afetos". Paulo aconselha aos coríntios a não viverem uma vida se preocupando apenas com seus próprios afetos.

Encontramos no dicionário esta definição de afeto: "Estado emocional ligado à realização de uma pulsão que, reprimida, transforma-se em angústia ou leva à manifestação neurótica."

A falta do afeto ou da dilatação dos afetos pode nos trazer angústias e neuroses. Muitas pessoas se tornam angustiadas porque não conseguem aceitar os defeitos alheios e assim não conseguem cultivar relacionamentos de verdade.

Jesus nos alerta que "com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:2

É impressionante como conseguimos ver o erro que as outras pessoas tiveram conosco mas não vemos o inverso. Muitos reclamam da falta de compreensão, da falta de fidelidade, da indisponibilidade dos outros, como se nós mesmos fossemos tão éticos, tão fiéis e tão disponíveis assim.

Henri Nouwen escreve: "Quando buscamos soluções divinas em outras pessoas, fazemos delas deuses e de nós demônios. As nossas mãos já não acariciam, mas agarram."

O problema quanto a nossa afetividade então é porque antes de tudo somos seletivos em nossos afetos. Eu escolho as pessoas que gostaria que me amassem. Sobre isto eu posso dizer que algumas das maiores surpresas de afeto que recebi, foram de pessoas que eu não esperava, de corações que nunca cultivei.

Jesus nos ensina a amarmos gente. Amar gente não é fácil, pois existe gente de todo o tipo. Amar estereótipos é fácil, o homem bonito, a mulher inteligente, o cara legal, o rapaz rico ou a menina engraçada.

Madre Tereza, Betinho, Gandhi, Nelson Mandela e Martin Luther King sempre estiveram rodeadas de gente os seguindo e os amando. Eles amavam pessoas e não estereótipos, não escolhiam o alvo do afeto apenas dilatavam o coração e pronto. E, por isso recebiam este amor de volta.

Aprendemos na vida que aquele/a que fecha os olhos, não consegue ver nem o feio nem o bonito e aquele/a que retrai o seu coração não consegue perceber o desafeto e a dor, mas também não consegue perceber o amor.

É do instinto humano - do corpo humano - se retrair quando surpreendido pela dor e é assim também com o nosso emocional. A tendência é nos retrair emocionalmente quando sofremos alguma decepção, uma calúnia ou uma traição.

O fato é que ninguém vive olhando para o chão o tempo todo por causa do tropeção que levou ou deixa de usar facas por causa de um corte que levou em sua mão.

Porém emocionalmente muitas pessoas agem desta forma. Como Paulo exorta a igreja de Corinto, não devemos retrair nossos corações, mas pela graça de Deus e pelo poder restaurador do amor precisamos dilatar nossos afetos para poder sentir a vida verdadeiramente.

Quem se abre muito e dilata seu coração, sofre muito, mas também recebe muito afeto; quem se fecha muito, sofre menos, porém tem poucos afetos.

Jesus Cristo nos deu o maior exemplo de que para nos relacionar com o outro, precisamos nos esvaziar completamente e nos deixar vulneráveis (Filipenses 2:5-8), pois somente assim poderemos demonstrar e sentir verdadeiramente o amor.

Quem entra com reservas em uma amizade está colocando um prazo para seu final, quem começa seu casamento com medos e receios está prenunciando o seu fim.

Dilatar o coração é não escolher o alvo do nosso amor, é não fazer reservas às concessões.

Dilatar o coração é fazer o que Deus fez, amar o mundo de "tal maneira"......

Minha opinião:

"Todos nós usamos essa carapuça! O problema relacional tem sido uma epidemia da nossa sociedade moderna. Eu estava para escrever um novo post, mas li esse artigo e achei importante comunicar com meus irmãos, que assim como eu, também precisam dilatar seus corações a cada novo dia."

Bruno Alarico 

Texto de Armando Altino da Silva Júnior
Fonte: Instituto Jetro (http://www.institutojetro.com/)